segunda-feira, 1 de março de 2010

Plágios de tradução

Na semana passada, a tradutora Denise Bottmann publicou em seu blog não gosto de plágio a notícia de que estava sendo novamente alvo de uma ação judicial, movida por uma das muitas editoras acusadas por ela de publicarem traduções plagiadas de obras literárias.

Há quase três anos, Denise tem divulgado em seu blog casos de edições que se apropriam indevidamente de antigas traduções já publicadas e as utilizam sem citar o nome do tradutor, substituídos por nomes fictícios ou de alguém que nada teve a ver com o trabalho de tradução.

Todas as denúncias são feitas por ela de maneira minuciosa, apresentando trechos da obra plagiada e da obra plagiária. Este trabalho há muito tem incomodado as editoras acusadas. A Martin Claret, em cujo catálogo Denise já descobriu 49 obras com traduções plagiadas, foi a primeira a entrar na Justiça contra a tradutora. Atualmente, a Martin Claret é alvo de um inquérito aberto pelo Ministério Público Estadual por violação de direitos autorais.

Agora, a editora Landmark, que Denise acusa de publicar traduções plagiadas de duas obras literárias, move uma ação por calúnia contra ela. A editora exige indenização por danos morais, que o processo corra em sigilo de justiça (o que foi indeferido pelo juiz) e também pede que o blog da tradutora seja fechado definitivamente.

Por conta disto, quatro grandes tradutores (Heloisa Jahn, Jorio Dauster, Ivo Barroso e Ivone C Benedetti) se uniram para redigir um manifesto de apoio à Denise. Quem quiser aderir, pode assinar o abaixo-assinado.

Nenhum comentário: