"Nós desconstruímos nossos ícones. Sabemos que políticos são mentirosos filhos da puta, que astros da TV são viciados em cocaína, que os atores bonitos são malucos travecos e que as lindas supermodelos são bulímicas, neuróticas e caóticas. Sabemos que nossos comediantes prediletos vão virar alcoólatras pervertidos ou deprimidos suicidas. Nossos reality shows colocaram um espelho escaldante diante das nossas caras de babuíno e das nossas obsessões óbvias e ridículas pela sujeira mais baixa e a fofoca mais inútil.
Sabemos que acabamos com a atmosfera e matamos os doces ursos polares e nem temos mais energia para sentir culpa. Deixa os pedófilos levarem as crianças. Não há mais a quem recorrer ou culpar, fora, paradoxalmente, aqueles caras levemente medievais que começaram a revolução industrial. No que resta acreditar? O único homem de verdadeira moral, de verdadeiro coração que nos resta é um personagem fictício dos quadrinhos! Os únicos modelos seculares a serem seguidos em uma cultura progressista, responsável, racional-científica e iluminada são... Kal-El, de Krypton, mais conhecido como Superman, e seus descendentes multicoloridos.
Nosso objetivo era colocar Superman e seu elenco no coração de fábulas sci-fi que qualquer pessoa, de qualquer idade, poderia ler e entender, embora cada um fosse entender as histórias de um jeito. Se você acaba de perder seu pai, talvez você leia o que Clark Kent diz no funeral do pai dele e sinta um pouco de comunhão humana. Se você quer sentir como é ser adolescente, veja o fantástico desenho de Frank Quitely do jovem Superman na lua, com seu fiel supercão Krypto ao lado. Superman é nós mesmos, nos nossos sonhos. Ele vive nossas vidas, mas de forma épica. Essa foi nossa abordagem."
Fonte: http://omelete.com.br
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